terça-feira, 18 de março de 2014

Arruda volta discursar depois de quatro anos

A largada ocorreu no último sábado, no Park Way. O ex-governador discursou para cerca de mil pessoas

De camisa verde e no velho estilo, o ex-governador José Roberto Arruda (PR) fez o primeiro discurso como candidato a governador. Em evento no Park Way, que reuniu cerca de mil pessoas no último sábado, ele subiu num palanque e declarou que “agora não tem retorno”. Tinha a seu lado a deputada distrital Liliane Roriz (PRTB), anunciada na semana passada como candidata a vice na chapa. “Tem quatro anos que não faço um discurso. Quatro anos se passaram desde a tragédia que se abateu sobre nós”, afirmou.

Arruda estava afastado da política desde abril de 2010, quando perdeu o cargo de governador, cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), por infidelidade partidária, depois de se desfiliar do DEM em meio à crise provocada pela Operação Caixa de Pandora. No discurso, o ex-governador diz que não tem medo de enfrentar a campanha e vai exibir, ele mesmo, o vídeo em que aparece recebendo dinheiro das mãos do delator, Durval Barbosa. A ideia, segundo afirmou, é rebater as suspeitas no programa eleitoral da campanha ao governo. Ele pretende sustentar que o episódio ocorreu antes de sua posse como governador.


Arruda disse que "ficaram quatro anos tentando me tornar inelegível e não conseguiram"

O vídeo com a participação de Arruda no evento foi postado numa rede social ontem. Mostra o ex-governador desinibido e rodeado por aliados. Estavam lá o deputado distrital Aylton Gomes (PR) e Jaqueline Roriz (PMN), que respondem processo pela suposta participação nas denúncias do mensalão do DEM. Também estavam no palanque o ex-deputado Laerte Bessa (PR), o ex-distrital Dr. Charles (PTB) e a mulher do ex-governador, Flávia Peres.

Ações judiciais
No discurso, Arruda disse que enfrenta ações na Justiça, mas está apto a concorrer. “Ficaram quatro anos tentando me tornar inelegível e não conseguiram”, sustenta. O ex-governador garante que não voltará atrás e explica a união com o ex-governador Joaquim Roriz: “A vida é feita de encontros e desencontros”. Na semana passada, depois de uma reunião na casa de Roriz, os dois caciques decidiram lançar uma chapa apoiada por ambos, com o respaldo do presidente regional do PRTB, Luiz Estevão.

O empresário, que já foi cotado como possível candidato a governador no início dos anos 2000, ficou inelegível depois de ter o mandato cassado no Senado por suposta participação nos desvios do Fórum Trabalhista de São Paulo, em 2000. Arruda, então líder do governo no Senado, foi um dos que trabalhou na época pela derrocada de Estevão.

Durante o evento na tarde de sábado, Arruda pediu ajuda aos presentes para levar para o grupo a deputada distrital Eliana Pedrosa (PPS), os deputados Luiz Pitiman e Izalci Lucas, do PSDB, e o ex-deputado Alberto Fraga (DEM). Eles têm se reunido para formar uma outra chapa ao governo. Arruda também demonstrou que pretende construir uma aliança com o empresário Paulo Octávio. O ex-vice-governador está filiado ao PP.


Veja, em vídeo amador postado no youtube, o discurso do ex-governador: https://www.youtube.com/watch?v=t2b9ALMmXmE

sexta-feira, 7 de março de 2014

Arrecadação federal bate recorde histórico e atinge R$ 123,6 bilhões em janeiro

RECURSOS PÚBLICOS

Aumento real foi de 0,91% em relação a igual mês do ano passado e superou janeiro de 2013, quando arrecadação somou R$ 122,54 bilhões

A arrecadação do governo federal bateu recorde histórico para todos os meses de janeiro, alcançando R$ 123,66 bilhões no mês passado, informou a Receita Federal nesta terça-feira (25). A soma representa aumento real (descontada a inflação) de 0,91% em relação a igual mês do ano passado, superando o recorde de janeiro de 2013, quando a arrecadação foi de R$ 122,54 bilhões. 

Segundo a Receita, a alta foi puxada pelo pagamento feito pelas empresas da primeira cota, em alguns casos da cota única, do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSSLL) relativa ao último trimestre do ano passado. 

A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido incide sobre o lucro líquido do período-base, antes da provisão para o Imposto de Renda, e é devida pelas pessoas jurídicas e entes equiparados pela legislação do Imposto de Renda, destinando-se ao financiamento da Seguridade Social. 

Como previu o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista a jornalistas e analistas internacionais na sexta-feira (21), as receitas com arrecadação indicam que o governo terá recursos para alcançar a meta de superávit primário de 1,91% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. O superávit primário é a economia que o governo faz para o pagamento de juros da dívida pública.