Pelo segundo quadrimestre consecutivo, porém, unidade federativa ultrapassou limite prudencial: nos últimos 12 meses, despesa de pessoal representou 48,01% da receita
Foto: Andre Borges |
O secretário de Fazenda, Leonardo Colombini, o chefe da Casa Civil, Hélio Doyle e o secretário de Gestão Administrativa e Desburocratização, Antonio Paulo Vogel
O Relatório de Gestão Fiscal do primeiro quadrimestre de 2015, que será publicado na edição de amanhã do Diário Oficial do Distrito Federal, confirma o desequilíbrio nas contas públicas. O DF ultrapassou o limite prudencial de despesas com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Diante do aumento na folha com reajustes concedidos a servidores, o desafio do governo de Brasília agora é elevar a arrecadação em uma fase difícil para a economia do País.
De acordo com o relatório apresentado hoje, a despesa de pessoal alcançou 48,01% da receita corrente líquida na média dos últimos dois quadrimestres de 2014 e do primeiro quadrimestre deste ano. O limite, segundo a legislação federal, é 49%. Quando a unidade federativa chega perto disso — se excede 95% do limite, ou seja, destina 46,55% da receita corrente líquida à folha de pagamento —, atinge o chamado limite prudencial. No relatório referente ao terceiro quadrimestre de 2014, divulgado em 30 de janeiro, o percentual foi de 46,93%. Desde então, o DF está impedido de fazer contratações e conceder aumentos, entre outras ações que afetem a folha de pagamento.